A jornada de Washington Aquino pela Br-364 passa pela área 52.
Em meados dos anos 90, a determinação de um repórter, historiador, desbravador e amante de aventuras chamado Washington Aquino foi colocada à prova em uma jornada épica. Motivado por sua paixão por desafios e pela vontade de trazer visibilidade ao Acre, Washington decidiu atravessar a BR-364 no rigoroso inverno amazônico. A estrada de barro que conecta Rio Branco a Cruzeiro do Sul é um trecho de 600 km conhecido por se tornar quase intransitável durante a estação chuvosa.
Ao partir de Rio Branco, Washington sabia que sua jornada seria árdua. Já nos primeiros quilômetros, a lama se mostrou implacável, tornando a estrada um verdadeiro varadouro de burros. Mas Washington tinha um objetivo maior: provar que a BR-364 merecia atenção nacional e internacional. Ele também tinha ouvido histórias sobre o lendário padeiro da Área 52, que possuía um artefato de poder imensurável. Washington acreditava que o padeiro poderia ajudá-lo a enfrentar os desafios que viriam.
Quando chegou a Sena Madureira, Washington começou sua busca pelo padeiro. Contudo, como muitos outros, não conseguiu encontrá-lo. O padeiro, que observava tudo de seu esconderijo subterrâneo, decidiu testar a coragem e inteligência do viajante. Ele enviou um enigma a Washington, prometendo uma recompensa mágica caso o repórter o decifrasse.
O enigma dizia:
"Se há três, você tem três. Se há duas, você tem duas. Mas se há uma, você tem uma. O que é?"
Washington refletiu por alguns instantes e, com sua mente ágil, respondeu:
Ao ouvir a resposta correta, o mensageiro do padeiro entregou a Washington uma pedra mágica. A pedra, segundo a lenda, o protegeria de feras e adversidades da floresta em sua jornada. Com o amuleto em mãos, Washington seguiu viagem.
No quilômetro 10, às margens do rio Caeté, encontrou uma balsa usada para atravessar os veículos. Lá, conheceu Ciro Aguiar, um experiente mergulhador que auxiliava a amarração dos cabos da balsa na outra margem. Com o apoio de Ciro, Washington prosseguiu até a cidade de Manoel Urbano, onde pernoitou.
A cada trecho, ele enfrentava lamaçais, chuva e obstáculos que testavam seus limites. Mesmo assim, a coragem e a determinação que o motivaram desde o início o levaram a completar sua missão. Após 20 dias de luta contra a estrada e a natureza, Washington chegou a Cruzeiro do Sul, marcando um feito histórico.
O impacto de sua jornada ecoou longe. A façanha chamou a atenção de políticos e da sociedade, e, cinco anos depois, o asfalto começou a ser colocado na BR-364, conectando Rio Branco a Cruzeiro do Sul de maneira definitiva. Hoje, o percurso que levou 20 dias para ser completado pode ser feito em apenas 6 a 7 horas.
Washington Aquino não apenas venceu a estrada e os desafios do inverno amazônico, mas também mostrou ao mundo o valor do Acre e de sua gente, eternizando sua jornada na história da região.
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