A vida do padeiro da Área 52 era um ciclo repetitivo de estudo e solidão em seu esconderijo subterrâneo em Sena Madureira. Seu trabalho com o artefato de poder imensurável ocupava sua mente, mas, em seu íntimo, havia sempre uma sensação de que algo maior o aguardava. Era uma necessidade de ajudar, de tocar a vida de alguém de uma maneira que fizesse diferença. Foi em um dia comum, após horas de meditação sobre os mistérios do artefato, que o padeiro sentiu, como se fosse uma intuição divina, que deveria sair de seu esconderijo. Algo o chamava. A direção? Ceará, uma terra distante e desconhecida. Mais especificamente, ele sabia que deveria ir até a cidade de Maranguape. Ao chegar à cidade, o padeiro encontrou-se com um jovem curioso, um cearense conhecido pelo apelido de Coelho, mas cujo nome verdadeiro era João Marinho Neto. Na época, Coelho tinha apenas 13 anos. Embora fosse uma criança, seu olhar era profundo e cheio de inteligência, como se já carregasse o peso de algo maior em sua ...